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18 de nov. de 2009

Macross e Gundam

Yo!

Nao eh soh opiniao de editor que eu trouxe de Nagoya. Comprei o primeiro volume de Macross – The First, e pra completar, um album de ilustracoes do Mikimoto, comemorando os 30 anos de Gundam.

Popozuda, versao familiar.

Primeiro o manga.

Alguma coisa na minha bunda? Nem sinto mais! A capa, com a Minmay num angulo bem brasileiro, foi claramente censurada, com um bichinho cravado na bunda dela. Isso fica mais claro com a foto que fica na parte interna da capa, que mostra o Mikimoto pintando a imagem original, com a bunda da Minmay exposta (bem, nao exposta, mas sem bichinho).

A historia em si estah bem bacana. Sendo sincero, nao sou fan de Macross, soh vi os filmes que compilam as series originais e nem curto muito o tipo. Adoro series de robos, mas Macross nunca me desceu muito bem. Talvez por que os Valkyries nunca foram exatamente carismaticos, eles sao no maximo como armas fantasiosas. Eh o mesmo carisma que voce teria pelo martelo do Thor, o escudo do Capitao America, mas nao chega aos pehs do carisma de um Gundam, ou Mazinger Z.

A serie sempre deixou claro que seu foco eram os personagens. Nem mesmo o cenario, rico e cheio de detalhes, nem os robos. O negocio era a relacao entre Hikaru, Minmay e os outros pilotos. A serie original passou no Japao durante o boom das idols no pais. Ao contrario do formato ocidental, no Japao, as idols sao garotas que, basicamente, sao bonitas, simpaticas, mas que para se destacar, em geral fazem muitas outras coisas. Cantam, dancam, interpretam… E suas vidas sao completamente tomadas pelo trabalho. Eh uma atividade artistica bem peculiar do Japao. Essa epoca de Macross eh onde brilhavam Matsuda Seiko, Noriko Sakai (que foi pega recentemente com crack), e tambem algumas artistas chinesas, como Agnes Chan. Perfect Blue, longa animado de Satoshi Kon, mostra um pouco sobre esse mundo.

Compara soh a Minmay anos 80 e a Minmay de agora... Coisa dos tempos! Dentro desse contexto, fizeram uma serie que misturava o basico das series de robos que faziam sucesso na epoca, com o fator idol. E os fans se dividiram em dois. Os que eram fans de Minmay e os que eram fans do cenario de Macross. Ateh hoje, os fans da franquia ficam divididos, o que dificulta muito o planejamento de novas series. Ou saem bombas que agradam (agradam?) os fans de idols, como 7 e o Frontier, ou historias que ignoram esse lado e exploram mais o cenario, como Macross Zero e Plus.

Em The First, Mikimoto parece querer agradar os dois lados. A historia comeca com bastante fan service, com a Minmay posando e inclusive aquelas tipicas cenas vergonhosas, a favor do moe da serie. Mas logo o foco muda, mostrando os pilotos e explicando por que a gigantesca nave Macross eh o centro da historia.

Metade desse primeiro volume eh de cenas de acao e elas estao muito boas. Mas a historia em si ainda estah muito parada, nada muito importante acontece ainda.

Che-Gue-ei! O interessante tambem eh notar que a historia toda foi feita no computador e dah pra notar por efeitos impossiveis de se conseguir com reticulas e tinta. No final do volume, Mikimoto conta em uma historinha curta, que comecou a usar o Comic Studio (Manga Studio no ocidente) e uma Cintiq, digitalizando todo o processo criativo. Ou quase todo, jah que ele ainda desenha com pena antes. Os assistentes tambem usam CG para os cenarios e Valkyries, mas nao como em Ghost In The Shell 2, onde Masamune Shirow misturava tracos com cenario e maquinas em 3D, os CGs sao usados para fazer tracing, o tradicional “desenhar por cima”. Alem disso, Mikimoto usa o computador pra aumentar a impressao de lente, com flares e desfoques, e pra fazer reticulas impossiveis, mascaras, etc.

A loja Dospara, que montou a maquina especialmente pra ele, disponibiliza o modelo, pra mim, bem modesto. O Prime Raytrek debut! – Spec Mikimoto Haruhiko eh um Core2Duo 3.16, 2gb de Ram, 500 de HD e uma Geforce 9500GT 512mb, rodando o WindowsXP Professional SP3, otimizado para o uso do Comic Studio 4.0 e da Cintiq 21UX. Fora a Cintiq, o meu Optimus Payback Dual Monitor, Crossfire, spec F/X dah um pau! Voce pode comprar o modelo (o dele, o modesto) por 87.800 ienes.

Pra mim, foi uma verdadeira licao de como fazer quadrinho digital sem perder a nocao do quadrinho analogico, mas expandindo as possibilidades. Nesse sentido, nota 10! A historia ainda precisa desenvolver pra dizer a que veio.

Agora, o livro de ilustracoes.

Reparou a semelhanca? Mas essa tah com a bunda cortada! Puritanos.... Gundam Gashu – Into the Sky eh o lado Mikimoto para o livro que saiu com ilustracoes de Yoshikazu Yasuhiko, artista da serie original. Reune ilustracoes antigas e atuais que Haruhiko Mikimoto fez para todas as series de Gundam, em ordem cronologica.

Eh interessante ver como ele tentava emular o Yasuhiko no comeco, chegando ao ponto de fazer algumas expressoes identicas. Mas fica claro que Mikimoto em Gundam, eh igual a War in the Pocket, primeira serie em que ele foi character designer. Eh dessa serie que saem a maior parte das ilustracoes do livro.

Pra quem eh fan de Gundam, eh um livro muito bom e cheio de imagens conhecidas e ateh iconicas da franquia. Pra quem curte a arte espontanea, de tracos ageis de Mikimoto, eh um livro muito bom tambem. Gundam e Macross eh onde estao os melhores trabalhos como ilustrador de sua carreira. Pra quem nao curte nenhum nem outro… Pule pro proximo post, oras! Hehehe!

cartaz do livro. Eu sei, jah saiu faz tempo.... Eu, particularmente, simpatizei com Mikimoto nao soh por causa de seus trabalhos, que conhecia jah de Gundam e do manga de Macross 7 Trash (que apesar do subtitulo, eh a unica coisa que presta, o resto eh que eh lixo). Foi quando eu tive a chance de encontrar com ele que eu comecei a ter um grande respeito por ele.

Fui a uma tarde de autografo dele, aqui na minha cidadezinha de interior, que desenhava a serie Ecole du Ciel, para a Gundam Ace na epoca. Ele autografou a revista e eu falei que era brasileiro e que queria trabalhar com mangas. Mikimoto conversou por alguns minutos comigo e chegou a me convidar pra talvez virar assistente dele. Nao lembro hoje por que nao fui, nao sei que besteira eu pensei que perdi essa chance, mas desde entao, eu continuo acompanhando os trabalhos dele, com respeito. Por que talvez os fan services dele, a mudanca de traco para algo mais moe, nao sejam soh um sinal de que ele quer vender. Pra mim, vejo como um profissional, cujo trabalho principal nao eh ser um artista, mas agradar os desejos de seus fans.

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