Yo!

Depois da resposta super positiva a materia que traduzi da Comic Natalie, que acompanhou a producao de Kaoru Mori, uma noticia muito legal. O novo trabalho da artista, Otoyome Monogatari, ficou no topo das vendas de mangas no Japao, com seu primeiro volume. E os numeros sao quase os mesmos do ultimo volume de Emma!

Isso, para um artista, eh quase que uma consagracao de seu talento, porque prova que os leitores aprovam nao soh a historia, mas a habilidade do artista, acompanhando um novo trabalho, mesmo sem a menor ligacao com o trabalho anterior.

Eu tambem comprei pra conferir, sem contar que era quase uma obrigacao depois de traduzir aquela materia. A qualidade da edicao em si estah muito boa, com um papel de melhor qualidade na capa protetora, mais grosso e com uma leve textura. Antes do miolo, ainda tem uma folha vermelha, com uma textura que lembra algodao, que nao lembro de ter visto em nenhum outro manga ateh hoje, sem nada impresso, colado na capa interna.

Mostra que a editora aposta no material. E a historia em si, tambem estah muito boa. Assim como Emma, nao eh uma historia cheia de reviravoltas e cenas de acao, ou drama. Eh tudo muito sutil, uma trama de cotidiano, sem nada de mais alem do fato de se passar em uma epoca e local bem exotico.

Alias, acho que o grande trunfo da autora eh usar de uma delicadeza e uma visao que acho que nenhum homem poderia dar pra historia, sem ser adocicado como em um shojo colegial. Eh um sabor proprio, uma identidade unica que ela consegue dar, mesmo em um meio tao sobrecarregado quanto o dos quadrinhos japoneses.

A trama simplesmente mostra, sem grandes traumas, a ida de Amil, de vinte anos, para a casa do jovem Karuruku (nao sei como ficaria romanizado), de 12 anos, oito anos mais jovem. E simplesmente mostra o seu dia-a-dia. Amil foi criada numa familia nomade, e por isso tem habilidades que a familia de seu jovem marido nunca viu antes. Alem de saber preparar todo tipo de carne, ela ainda eh uma grande arqueira e cacadora.

Otoyome Monogatari (The Bride’s Stories), numero 1, saiu pela editora Enterbrain, com o selo Beam Comix.

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Outros destaques que eu vi quando fui comprar o manga sao o mais recente volume de Zetman (o 13), de Masakazu Katsura, um dos meus autores favoritos, e o Mangaka Shikkaku, de Shunsuke Ishikawa, que citei aqui uns dias atras. Quase comprei, mas o preco (quase 1000 ienes, mais de 300 ienes mais caro que Otoyome ou Zetman) por algo tao incerto eh um abuso! Fica pra quando eu puder ver alguma coisa dele por ai…

Tambem ia comprar o primeiro volume de Akaboshi, da Shonen Jump, um titulo subestimado (estah entre os ultimos do indice da revista) mas que eu estou gostando bastante, e fui surpreendido com o fato de que nao havia mais nenhuma copia. Nao sei se isso eh regional, se foi soh na livraria que eu estava, mas de acordo com o vendedor, Akaboshi vendeu todas as copias em uma semana, algo em torno de trinta livros. Eles estavam aguardando uma segunda impressao, jah que nao havia estoque.

Pra mim, muito bom! Eu ficava vendo Akaboshi agonizando, desesperado tentando fugir do cancelamento e esperava que o lancamento do tankohon ajudasse a mudar isso. E parece que vai conseguir, pelo menos temporariamente.

Outro que estava na mesma situacao eh o tambem novato da Shonen Jump, Medaka Box. Sinceramente, nao sei bem o que esperar da serie, que parecia ser uma comedia romantica colegial e de repente, mudou para manga de luta, provavelmente tentando fugir da faca. Medaka jah teve a reimpressao anunciada oficialmente. Sinal dos tempos. Nao eh a falta de popularidade na revista que vai impedir a serie de se dar bem com os leitores que conquistou.