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1 de set. de 2008

Direcao numa pagina de quadrinhos

Mais pra frente, eu pretendo usar esse espaco pra analisar meus trabalhos antigos, destrinchando quadro a quadro, pagina a pagina, sequencia por sequencia. Alem de um exercicio pessoal, acho que tambem eh interessante pra quem estiver lendo esse blog.

Por que os meus proprios trabalhos? Talvez porque eu nao tenha a pretensao, nesse momento, de ser critico ao trabalho alheio. Talvez no futuro. E tambem por que eu nao sou do tipo de passar a mao na cabeca, nem na minha propria cabeca. Meu material eh o que eu mais gosto de rever e encontrar erros e acertos.

Isso que pretendo fazer eh exatamente no que iria culminar as aulas de roteiro na Neo Tokyo. Eu iria comentar tudo sobre tecnicas e depois, usando meu proprio material, eu iria abrir o codigo fonte, ia mostrar como eh feito e o que eh pensado na hora de criar uma historia dentro da minha cabeca.

Na verdade, ia ser uma grande chupinhacao de uma edicao especial da Comickers, onde autores profissionais comentava, pagina a pagina, os seus mangas. E de uma outra, onde um profissional avaliava os fanzines, ateh refazendo as paginas com os erros arrumados, dando exemplo de como ficaria melhor.

Sabe, se depois disso, voce pegar qualquer material por ai, voce verah com outros olhos. Verdade. Eu nao imaginava isso, mas serviu pra me dar um chute em direcao a realidade. Uma pagina eh muito mais que um monte de desenhos em sequencia e cada pagina precisa ser avaliada separadamente e depois, em sequencia.

Uma coisa que esse tipo de avaliacao me fez ver eh a simplicidade de pensamento que envolve a producao americana. Quando uma pagina nao eh confusa, com quadros sangrados, abertos, mal posicionados, baloes fora de ordem, sao simplesmente quadrados.

O confuso todo mundo jah sabe, mas o quadrado... O que eh? Bem, eu indicaria as paginas de amostra de Guerra Civil, da Marvel. O McNiven eh incrivel, adoro a arte dele, mas ele decidiu seguir uma narrativa sem erro. Ele eh cinematico. Usa quadros horizontais que tomam completamente a pagina, simetricos, fechados e sequenciais. Eh como se fosse um story board de filme. Nao eh errado, muito pelo contrario, mas tira muito ritmo. Falta destruir um pouco as paginas em momentos importantes, tirar a cinematica. Fazer quadrinhos, nao cinema. O Millar ainda completa isso, porque ele tambem eh um autor que pensa como cinema.

Eh uma licao de como nao errar. Bleach tambem usa muito isso, pra citar manga. Talvez seja chatice, exigencia demais, mas eh tao melhor uma pagina ousada com algum pequeno erro do que uma pagina certinha...

Pra nao desmerecer totalmente, numa historia atual do Wolverine, parece que a mesma dupla Millar/McNiven tao fazendo uma coisa bem diferente. Vi uma pagina onde mostra o Wolverine caindo numa pagina e na seguinte, ele muda os quadros pra quadros verticais completos, que acentuam a velocidade da queda e a impressao de movimento. E o pior eh que voce percebe que foi feito tudo planejadinho, nao eh por que eh bonitinho fazer isso, a posicao dos personagens, dos baloes, a movimentacao que ele faz sua visao seguir...
Bem... Acabei criticando o trabalho dos outros! Tah bom, eh mais ou menos isso que eu pretendo fazer mais pra frente, mas com o meu trabalho. Deu pra aticar a curiosidade?

3 comentários:

  1. Fábio,
    achei muito interessante seu comentário sobre a composição de página. Essa é uma tecla que bato há muito tempo com meus alunos e com o pessoal que pretende fazer HQ no Brasil. O pessoal joga tudo de qualquer jeito e nem sabe porque está desenhando um quadro com angulo inclinado, acha que só serve porque é diferente. Gostei mesmo da abordagem.

    Abraço!
    Montserrat ^____^

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  2. Engraçado que os americanos sempre estiveram sob as abas de Eisner, um cara hiper hiper criativo .

    Agora me lembro de uma conversa nossa, quando você dizia que queria explicitamente 'amostrar que sabia desenhar'rs. Foi uma boa lição

    Falando em roteiro , que filme foi esse Batman TDK hein ?! muito bem escrito. Só acho que houve muita informação se revezando. Ora o dilema de Bruce em ser ou não Batman , ora a necessidade de haver um 'outro/novo herói' , e depois voltando ao dilema de Bruce sobre Batman e o que ele representa . Triste que muitas pessoas não entenderam as piadas do coringa , nem as alusões aos quadrinhos . Aquele momento onde o Coringa explode o hospital , eu quase chorei rs.

    Gake no ue no ponyo já tem DvD ? Queria tanto ver ... O legal do site é que tirando os Kanji difíceis de ler em furigana , dá pra ter uma noção , vendo os slides e algumas poucas frases que consigo pescar rs.

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  3. só pra constar , esse TDK teve fortes influências de Terra de Ninguém (2000-2001) e O Longo dia Das Bruxas (1998) ~~

    Achei muito foda que em Batman Begins a esmagadora maioria acredita que Ra’s Al Ghul foi um personagem criado para o filme , quando na verdade é um personagem de 1968!! Época da série televisiva do batman , época da acirrada concorrência ( leal ) com a Marvel , todos ainda sob a égide da Comics Code Authority.

    Acho muito interessante o desenvolver dessas coisas , e agora esse post já não tem nada a ver com o assunto :)

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