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16 de mar. de 2012

Ken Akamatsu e Kodansha conversam sobre direitos conexos

Yo!

Resolvi parar de postar longo no Twitter (me siga!) e fazer isso aqui!

AkamatasuKodansha

Hoje, Ken Akamatsu postou no seu Tumblr uma entrevista com executivos da Kodansha falando sobre direitos conexos. Foi uma matéria muito interessante e que pode ser muito importante até pra você, que só lê mangás em português que saem nas bancas.

 

Antes de tudo, direitos conexos são os direitos que uma produtora ou emissora recebem por ajudar a produzir alguma obra. O cinema, a música e a televisão já têm esses direitos. Mas as editoras não. E existe uma discussão de se começar a tomar esses direitos. Basicamente, não altera os direitos dos criadores da obra, sejam compositores, letristas, roteiristas ou diretores. Mas inclui os direitos da empresa que tornou a obra possível e a torna uma procuradora direta do material.

A Kodansha diz que isso iria ajudar muito a agilizar os processos contra pirataria, porque os autores precisam ler e estar de acordo com tudo. Outro ponto indicado é a agilidade para transformar as obras em versões digitais, coisa que o Japão está muito atrasado em relação a outros países.

 

Sobre isso, Akamatsu disse que os contratos firmados hoje já tornam as operações suficientemente rápidas, não há por que aumentar a velocidade e perder a confiança e muitas vezes, esses acordos são resolvidos com uma única ligação.

 

Sobram novas dúvidas.

Se a editora falir, como ficam os direitos? O que impede da editora vender os direitos para uma pessoa de má fé?

Os mangás antigos, que não são republicados mais por sua editora de origem, não poderiam sair por outras editoras (Akamatsu é dono da JComi, que faz exatamente isso)?

Mesmo com esse novo acordo, é impossível acabar com a pirataria.

As pessoas com direitos sobre a obra aumentam e tornam tudo ainda mais complicado.

 

Rola uma longa discussão sobre o que seria melhor, se esses contratos atuais precisam de ajuste ou precisam ser refeitos, etc.  Um assunto complicado.

 

Nos EUA, onde os direitos são totais da editora, todos os acordos são faceis e negociáveis entre as duas partes num acordo de republicação no exterior. Mas como no Japão o mercado é completamente autoral, os autores precisam participar mais ativamente e em certos casos, podem até ser o grande complicador na hora de se obter os direitos da obra ou até mesmo de favorecer o material. A verdade é que o Japão, com a quantidade de material disponível, ainda está engatinhando no que diz respeito às suas versões digitais, demorando tanto quanto demorou para se abrir para vender os direitos de publicação “oversea”.  O interessante na discussão foi saber que os executivos estão pensando seriamente nisso e buscando soluções, apesar de ainda estarem só no lenga lenga da conversa mole do jurídico.

Eles chegam a citar a criação de um JASRAC, um orgão fiscalizador e repassador de direitos para o mercado da música, só para fiscalizar os direitos das criações em quadrinhos. Seria um equivalente ao ECAD, orgão brasileiro que fiscaliza os direitos musicais, só que aqui, mergulhado em escândalos de corrupção, desvios e manobras polêmicas.

 

Leva a uma boa discussão.

 

Ken Akamatsu ficou conhecido como o autor de Love Hina e Negima, tendo emergido do mundo dos dojinshis, os fanzines japoneses. Atualmente, ele é dono do JComi, site que dispoe gratuitamente mangás para download e leitura online, tirando sua receita somente de publicidade e affiliates. Também se engajou em representar os artistas de mangá no país.

Um comentário:

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